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  • MAPEAMENTO CEREBRAL


    O mapeamento cerebral avalia a quantidade de atividade de uma determinada região do cérebro. Também chamado de EEG Quantitativo, proporciona uma avaliação mais precisa da atividade cerebral, dando uma visão gráfica mais apurada da localização de alterações elétricas através de demonstração e exposição de histograma e mapa de valores. O equipamento que realiza o exame também proporciona animações dinâmicas das imagens cerebrais, facilitando o estudo da função cerebral e do cérebro em ação. Atualmente as principais indicações do Mapeamento Cerebral é determinar localização precisa de tumores cerebrais, bem como a localização precisa de doenças focais do cérebro, incluindo entre a epilepsia, as alterações vasculares e derrames.

    Em psiquiatria, o EEG Quantitativo tem sido usado para estabelecer diferenças entre vários diagnósticos, tais como a hiperatividade e os distúrbios da atenção em crianças, as demências senis ou não, a atrofia cerebral, a esquizofrenia, a até alguns casos de depressão. Em Neurologia o EEG Quantitativo, além dos focos epiléticos, é útil na monitoração da abstinência de drogas, em infecções do cérebro, nos estados de coma, de narcolepsia e no acompanhamento pós-operatório de pacientes que foram submetidos à cirurgia cerebral.
    O tempo de realização do exames é de 20 á 40 minutos.

    O EEG com Mapeamento (“Brain Mapping”) inclui o processamento computadorizado dos sinais elétricos do cérebro. É um exame de melhor qualidade, que permite maior precisão na localização das descargas epileptiformes, bem como obter informações quantitativas sobre a atividade elétrica cerebral de base, comparando variações inter e intra-hemisféricas. Tem sido usado também para avaliação prognóstica e acompanhamento evolutivo de distúrbios de aprendizagem e demências.

    Embora exija maior dedicação e conhecimento do médico que analisa o registro, pode fornecer um exame de melhor qualidade, maior precisão na localização das descargas epileptiformes, identificando dipolos elétricos tangenciais e radiais, bem como obter informações quantitativas sobre a atividade elétrica cerebral de base, comparando variações inter e intra-hemisféricas e adicionar tabelas, gráficos e figuras ao registro do traçado, auxiliando a interpretação dos dados obtidos. Este estudo quantitativo da atividade elétrica cerebral tem importância no estabelecimento do prognóstico das epilepsias, além de ser útil para o acompanhamento evolutivo da atividade elétrica cerebral em casos de demências vascular, Alzheimer, traumatismo de crânio e intoxicações.

    É importante salientar que uma parcela dos pacientes epilépticos pode apresentar traçado eletroencefalográfico normal no primeiro registro. No entanto, quando vários exames são feitos em período fora de crises epilépticas (registro intercrítico),ou é feita a monitorização eletroencefalográfica de 24 h (Holter Cerebral), a maioria desses pacientes exibe anormalidades em seus exames. O encontro dessas anormalidades é de fundamental importância. A análise de seu padrão eletrográfico auxilia na classificação do tipo crise epiléptica e consequentemente do tipo de epilepsia, proporcionando em alguns casos, direcionar a terapêutica e obter dados prognósticos. A localização de uma descarga epileptiforme cerebral e sua propagação são particularmente úteis. Para tanto, a técnica de captação e a adequada análise dos sinais são etapas importantes. Nos últimos anos os equipamentos analógicos de registro foram sendo progressivamente substituídos pelos sistemas digitais. Esse fato não transformou o EEG em outro exame, entretanto adicionou novas possibilidades para análise, revisão, armazenamento dos dados, dentre outros. Com isso os sistemas digitais de de monitorização eletroencefalográfica ambulatorial de 24h (Holter Cerebral) vieram ampliar as possibilidades diagnósticas em relação aos exames mais antigos.